Pregos e a força da gravidade.

No outro dia ia todo contente a andar na berma de uma estrada – contente mesmo, até ia a assobiar e tudo – e não é que subitamente piso um prego todo enferrujado que estava no chão. Obviamente que gritei FOOOOODAAA-SE, e logo de seguida sentei-me num muro feito com pedras rústicas colocadas aleatoriamente, dando certas mostras de puder cair a qualquer momento. Pus-me então a matutar, tentando afastar a dor lancinante que sentia.

Será que o Universo acabará num Big Freeze ou num Big Crunch?

Matutei deveras e depois acordei em casa. Fiquei mais tarde a saber que tinha desmaiado e que o muro de pedras rústicas desabara por cima de mim, porque um condutor que vinha todo contente, mas não a assobiar, ao desviar-se de mim – desmaiado, de boca aberta a escorrer baba e com um prego no pé – batera com grande estrondo no dito cujo. Quem é o culpado disto tudo? Eu? Não senhor. O prego? Não senhor. O culpado é a força da gravidade. Porque se não fosse ela, eu não teria caído quando desmaiei. Ficaria no ar a flutuar, enquanto me babava desalmadamente. Que lógica isto tem? Nenhuma. Que lógica tem a a TVI? Nenhuma. Que lógica têm as touradas? Nenhuma. Que lógica tem ainda estar a ler isto? Nenhuma.